Plano Estratégico para a Horticultura dos Açores já tem linhas orientadoras, anuncia António Ventura
19/11/2021

O Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, anunciou hoje, em Angra do Heroísmo, que o Plano Estratégico para a Horticultura dos Açores “está concluído e agora vai para consulta pública”.

António Ventura falava à margem de uma visita a uma exploração de Horticultura, no âmbito do Plano Estratégico para a Horticultura dos Açores, iniciativa criada há cerca de seis meses com a finalidade de estudar o mercado de hortícolas na Região.

“Este plano insere-se na necessidade de estabelecer uma estratégia agro produtiva para os Açores, em conciliação com as nove ilhas, uma consonância com o objetivo de melhorar o nosso auto crescimento alimentar, aumentar a exportação, criar emprego, combater o envelhecimento humano e fixar jovens”, frisou o governante.

“Pretende-se também promover a naturalidade da terra, melhorar o conteúdo nutricional dos alimentos, garantir o bem-estar animal e assegurar a sustentabilidade dos recursos produtivos, como o solo e a água”, acrescentou António Ventura.

O Plano Estratégico para a Horticultura dos Açores contém um conjunto de medidas que se consideram importantes implementar para incitar um aumento do setor hortícola na Região.

Dessas medidas, destaque para a importância de se criar uma programação da produção, por forma a que os produtores possam calendarizar a sua produção ao longo do ano, uma vez que o mercado existe para grande parte das hortícolas, evitando assim, a importação de produtos.

Para além dessa, torna-se necessário agilizar o investimento, isto é, criar um programa do género “HORTIS”, semelhante ao “VITIS”, que acelere todo o processo burocrático para os apoios e incentivos à horticultura, assim como elaborar um estudo de mercado, por forma a entender o que está a ser importado e o que é comprado localmente.

Segundo explicou o professor David Horta Lopes, coordenador do grupo de trabalho responsável pela criação do Plano, existem medidas comuns a todas as ilhas e algumas medidas específicas a implementar apenas em algumas delas, face à sua insularidade mais acentuada, bem como a situações edafoclimáticas muito próprias.

“Isso não acontece para as ilhas maiores em termos de produção hortícola, pois depois de apuradas todas as medidas gerais, chegou-se à conclusão de que as medidas que iriam ao encontro dos produtores, em particular da Terceira e de S. Miguel, já se encontram consagradas nas medidas gerais”, concluiu.

O Plano Estratégico para a Horticultura dos Açores terá a duração de seis anos, sendo revisto passados três anos do início da sua implementação. Para o efeito, será constituído um grupo operacional de acompanhamento da sua implementação.

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