O Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural anunciou, esta segunda-feira, na Praia da Vitória, que está em fase de preparação a abertura de novas candidaturas ao Programa VITIS, com alterações que reconhecem e priorizam a pequena e média dimensão parcelar.
António Ventura falava na sessão de encerramento das Jornadas do Vinho Verdelho dos Biscoitos, onde frisou que as novas candidaturas vão contar “com majorações em ilhas com ‘potencial latente’ para a vitivinicultura e com uma responsável ligação à transformação para que não existam nem excessos nem défices”.
Na ocasião, o governante adiantou também que, ao nível do PRORURAL+, foi alterada a elegibilidade de alguns investimentos para aumentar o leque de apoio das iniciativas na vitivinicultura.
“No programa POSEI, deixou de haver rateios nas medidas de apoio à vinha e ao vinho”, disse ainda, acrescentando estar “em análise um projeto regional que pretende fornecer plantas com garantia de uma boa sanidade vegetal, ou seja, fornecer porta-enxertos isentos de vírus”.
O responsável pela pasta da Agricultura fez questão de referenciar o Plano Estratégico para a Vitivinicultura na Região Autónoma dos Açores 2022 – 2031, que, recentemente esteve em consulta pública, defendendo que este “consubstancia um caminho a seguir e uma forte segurança do que queremos para esta fileira”.
“Um plano com objetividade por ilha, que obriga à avaliação das políticas públicas e que introduz, definitivamente, o enoturismo como elemento integrante da fileira que também suporta a competitividade, a sustentabilidade e a naturalidade dos Açores”, acrescentou.
Para António Ventura, este é “um plano focado numa aposta das nossas castas nobres, o Verdelho, o Terrantez do Pico e o Arinto dos Açores, sem deixar de proporcionar as castas europeias tintas e brancas”.
O Secretário Regional evidenciou a necessidade de encontros como as Jornadas do Vinho Verdelho dos Biscoitos “como forma de se fazer pensar a vinha, o vinho a transformação, o enoturismo, as regiões demarcadas, os territórios, a investigação e a experimentação”, deixando ainda uma palavra às confrarias presentes, por serem “elementos ativos no desenvolvimento do que representam”.
“As confrarias contribuem com a sua visão e estratégia para o planeamento e melhoramento das políticas públicas”, concluiu.