O Secretário Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, António Ventura, congratulou-se hoje com a aprovação, pela Comissão Europeia, do aditamento do Alho da Graciosa ao registo das Indicações Geográficas Protegidas (IGP) da União Europeia (UE), aumento assim para 228 o número de produtos portugueses protegidos pelos diferentes regimes de qualidade da União Europeia.
“A qualificação deste produto, que tem um suporte jurídico comunitário, permite assegurar uma estratégia que prima pelo incentivo à produção e comercialização dos produtos com diferenciação. Falamos de mais um produto único no mundo quer na qualidade intrínseca como no modo de produção”, declarou hoje António Ventura, após conhecida a posição da Comissão Europeia.
Este reconhecimento comunitário, acrescentou o governante, “permite a presença” da produção Açoriana “nos acordos bilaterais e multilaterais da União Europeia”, num “ganho para os Açores” e para a afirmação internacional do arquipélago nesta matéria.
O Alho da Graciosa, lembra Bruxelas, apresenta-se sob a forma de bolbos, no estado seco, de forma individual ou agrupados em réstias, cada um com um diâmetro de, pelo menos, três cm.
O produto caracteriza-se pelo seu aroma de intensidade média/baixa e sabor intenso, muito agradável e com pouca persistência, devido não só às condições edafoclimáticas da ilha, mas também aos cuidados prestados pelos produtores ao longo dos anos.
De acordo com o pedido submetido à Comissão Europeia e hoje aprovado, “devido às suas qualidades, os visitantes procuram com frequência especialidades gastronómicas que incluam o «Alho da Graciosa» no seu tempero e confeção, como a famosa «Molhanga» para acompanhar peixe fresco, o «Molho à Pescador», a típica «Linguiça da Graciosa» e «Lapas grelhadas», o que faz dele um produto muito apreciado e usado por conceituados chefes de cozinha, não só devido ao seu sabor e aroma inconfundíveis, mas também às suas reconhecidas características como conservante alimentar, decorrentes da sua elevada concentração em alicina”.