A Secretaria Regional da Educação e a Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural assinaram hoje, em Angra do Heroísmo, um protocolo de colaboração para o desenvolvimento da literacia sobre a agricultura e a floresta, tendo por públicos-alvo as crianças, jovens e a comunidade em geral.
O protocolo, apresentado esta manhã na EB1/JI da Ribeirinha, será implementado em todo o sistema educativo da Região e visa despertar o gosto e a sensibilidade para a agricultura e floresta, bem como aproximar estas áreas da vida diária das crianças e jovens, para além de pretender fomentar uma visão mais ampla do setor.
A iniciativa visa proporcionar experiências de contato direto com as áreas, através de visitas aos serviços de desenvolvimento agrário e a diversas explorações agrícolas, assim como promover a partilha de boas práticas de agricultura nas escolas, através do desenvolvimento de atividades escolares nessas áreas.
Para tal, os dois departamentos governamentais vão disponibilizar técnicos das várias direções regionais que vão desenvolver materiais que possam ser utilizados na sala de aula, por forma a promover uma reflexão e ação sobre a agricultura, realçar a importância da mesma para o ordenamento do território e uma vivência saudável e segura ou até para despertar vocação para seguir estudos no setor.
Na ocasião, a Secretária Regional da Educação disse que esta iniciativa conjunta tem uma “fortíssima componente de sensibilização e de informação dirigida aos alunos de todo o sistema educativo regional para a importância da agricultura”, não só no que respeita “à importância uma alimentação de qualidade”, mas também no que respeita “à sustentação do solo, à sustentabilidade ambiental e até mesmo à qualidade do desenvolvimento económico e social das ilhas”.
“É importante catapultar os Açores para outros patamares de desenvolvimento também na área da agricultura, valorizando-a, por ser uma área de fortíssima empregabilidade e com qualidade no emprego”, acrescentou Sofia Ribeiro.
Para isso, continuou, “é preciso que os alunos estejam despertos para a agricultura, que se contraponha e se acabe com alguma desinformação que às vezes passa sobre a qualidade dos nossos alimentos e sobre a agricultura, construindo-se, junto das escolas, materiais que potenciem esse trabalho”.
Por sua vez, o Secretário Regional da Agricultura e desenvolvimento rural assegurou existirem “muitas possibilidades de autoemprego e de criação de riqueza, assim como de combater o despovoamento e fixar jovens através da agropecuária”.
António Ventura disse que este protocolo pretende sensibilizar e formar os jovens desde tenra idade, para as questões agrícolas nos Açores.
“Temos um mundo infinito de produções agropecuárias que podem contribuir para que os Açores se desenvolvam e é nesse sentido que pretendemos mostrar às crianças que o leite não nasce nos supermercados e que a carne não nasce nos talhos, há um conjunto de fileiras produtivas, do mesmo modo que há um conjunto de fileiras que se podem desenvolver”, adiantou.
Para o titular da pasta da Agricultura, “a educação é um tema base no desenvolvimento de qualquer atividade económica e nos Açores”, sendo que um dos grandes pilares na Região é a agropecuária, pelo que é preciso “voltar a criar atratividade para esta área de produção”.