O Secretário Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural anunciou na terça-feira, em Angra do Heroísmo, que se estima que “este ano que já tenham visitado as reservas florestais dos Açores mais de 300 mil pessoas” e comprometeu-se a “continuar a melhorar esses espaços públicos de exposição, de demonstração e didáticos para as comunidades e para o turismo”.
“São espaços de bem-estar que proporcionam conhecimento da nossa fauna e da flora”, adiantou António Ventura, durante uma visita à Reserva Natural do Monte Brasil.
A Região Autónoma dos Açores conta atualmente com 27 Reservas Florestais de Recreio, distribuídas por todas as ilhas, com exceção da ilha do Corvo, num total de 380,85 hectares.
“Se muitas delas surgiram associadas a Viveiros Florestais, outras foram criadas especificamente para recreio e nessa vertente, a maioria está hoje dotada de estacionamento, áreas de piquenique, parques infantis e instalações sanitárias”, acrescentou.
O Secretário Regional referiu que, “em complemento à flora que constitui o coberto arbóreo das Reservas Florestais de Recreio, não raras vezes identificada com placas informativas, como se de jardins botânicos se tratassem, em algumas reservas estão expostas interessantes coleções de camélias, palmeiras, fetos, catos ou roseiras, bem como exemplares da flora endémica açoriana”.
“Muitas Reservas apresentam expositores de animais, sobretudo aves, mas também de alguns mamíferos, dos quais se destacam os gamos”, disse ainda.
De acordo com o responsável pela pasta da Agricultura, “dez dessas Reservas incluem Centros de Divulgação Florestal e uma delas um Centro de Divulgação Cinegética, sendo ainda possível utilizar circuitos de manutenção, ou campos polidesportivos em algumas Reservas Florestais de Recreio”
Relativamente ao património edificado, que inclui cinco ermidas, alguns moinhos, casas tradicionais, e casas de guarda-florestal, António Ventura salientou a existência alguns monumentos históricos que, a par dos diversos miradouros localizados no interior das Reservas Florestais de Recreio, “justificam por si a visita às mesmas”.
Também a componente cultural não é descurada nas Reservas Florestais de Recreio, estando mesmo algumas equipadas com palco para realização de espetáculos.
“Não obstante dos vários centros de divulgação, em diversas Reservas Florestais de Recreio a vertente recreativa continua a coexistir com o funcionamento da fileira florestal, permitindo aos visitantes perceber de uma forma mais integrada o papel dos serviços na gestão dos recursos florestais, desde a parte administrativa até aos viveiros de produção florestal, postos cinegéticos ou aquícolas”, frisou.
A nível Regional, o investimento na área do recreio florestal rondou, em 2021, mais de 357 mil euros e em 2022, até agosto, já atingiu os 250 mil euros.
Esses custos refletem a manutenção; a recuperação de equipamentos de circuitos de manutenção; a criação de novas áreas de piquenique; a instalação de sistemas de recolha seletiva de lixo; a aquisição e instalação de equipamentos em parques infantis, bem como de mobiliário de jardim; a criação e melhoramento das condições dos expositores de animais, controlo da abundância de gamos; a recuperação de edifícios, incluindo centros de divulgação; a construção de Centro de divulgação florestal; obras de instalação de uma cafetaria, aquisição de sinalética; o melhoramento das vias de comunicação e a instalação e melhoramento da rede de águas