O Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, António Ventura, adiantou na terça-feira, na Ribeira Grande, que os investimentos previstos para as explorações agrícolas até ao final do ano, “no valor de 7,7 milhões de euros”, vão permitir “reduzir os custos de produção”.
Após a assinatura de diversos autos de consignação de empreitadas a realizar no Perímetro de Ordenamento Agrário de Santana/Rabo de Peixe, da Bacia Leiteira de Ponta Delgada e na Zona Central de São Miguel, o governante garantiu que esses investimentos “vão beneficiar quatro mil explorações agrícolas”. Para saber em que medida vão ser reduzidos esses custos de produção, anunciou o Secretário Regional, o Governo Regional iniciou este ano “um estudo por ilha, e até mesmo por concelho, sobre a quantificação desses mesmos custos”.
“A ação da agroruralidade por ilha tem a função de saber quais as oportunidades e as potencialidades, com vista a saber qual o valor de produção de, por exemplo, um litro de leite, um quilo de carne ou um quilo de hortaliças”, explicou o responsável pela pasta da Agricultura nos Açores. Nesse sentido, continuou, “é preciso quantificar todas as variáveis que estão no modelo de produção pecuário”.
Segundo disse, “isto significa que os acessos às explorações agrícolas, a eletrificação e o abastecimento de água são fundamentais para essa mesma quantificação”. A partir de agora, assegura António Ventura, a tutela passará a “partilhar os investimentos no âmbito do Instituto Regional de Ordenamento Agrário – IROA com a Federação Agrícola dos Açores e receber por parte desta as prioridades de investimento”. “São essas prioridades que são precisas definir juntamente com os parceiros do setor, asseverou o Secretário Regional, referindo que se trata de um exercício de “democracia participativa”.
Noutra vertente, acrescentou António Ventura, a Secretaria Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural já iniciou um estudo para “caracterizar os plásticos que estão a ser utilizados na Agricultura”.O objetivo, explicou, passa por conhecer a quantidade de plásticos utlizados no setor, de forma a reutilizá-los, gerando, dessa forma, “uma economia circular na agricultura”.