O Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural anunciou hoje, em Angra do Heroísmo, que o Governo dos Açores pretende “certificar” os solos da Região como “elemento de confiança e credibilidade”, prevendo, por isso, aumentar as verbas destinadas à análise de solos e formação de agricultores em 2022, num reforço de 188 mil euros com recurso a fundos comunitários.
“Para o ano, queremos aumentar este valor no âmbito dos 188 mil euros, não só no que respeita às análises, mas também na formação”, adiantou António Ventura, que falava à margem da assinatura de um protocolo com a Universidade dos Açores no âmbito da necessidade das análises do solo.
Em 2021, o montante atribuído pelo Governo Regional foi de 40 mil euros, mas o governante adiantou que no Plano de Recuperação e Resiliência do próximo ano, o Executivo vai destinar uma verba maior à análise de solos e seu respetivo acompanhamento, estando também prevista uma formação nesta área para agricultores e técnicos dos serviços agrários.
“Os consumidores têm de saber que, no processo produtivo, há um respeito por este recurso endógeno que não é renovável e que queremos aproveitar só o necessário”, frisou.
“Não basta dizer que a Universidade dos Açores tem de se abrir à sociedade e aos processos produtivos, no caso da agricultura, é preciso também que a Secretaria Regional da Agricultura tenha essa disponibilidade e vontade e faça a ponte com a Universidade dos Açores”, reforçou o Secretário Regional.
O Secretário Regional revelou que a análise dos solos já é “uma prática recorrente” na Região, mas defendeu que é preciso reforçá-la e promover um acompanhamento dos agricultores, por parte dos investigadores da academia açoriana.
“Para além dos resultados, é preciso uma explicação técnica desses resultados e uma informação mais prática ao agricultor. Essa informação é dada pelas associações e pela Universidade dos Açores, mas é necessário que essa informação seja mais regular e mais formada e é nesse sentido que vamos criar também um plano de formação”, acrescentou.
Para o responsável pela pasta da agricultura, “a articulação entre agricultores e investigadores é fundamental, até porque a Universidade dos Açores tem já muita investigação aplicada e muito conhecimento adquirido nesta área”.