Época de plantação nos espaços florestais terminou com 152 hectares de floresta plantada
13/05/2024

O Secretário Regional da Agricultura e Alimentação anunciou hoje que terminou, no passado mês de abril, a época de plantação de espaços florestais 2023-2024, tendo sido plantados um total de 152 hectares em áreas públicas e privadas de floresta de produção e de floresta de proteção.

Relativamente às florestas de produção, promotoras da economia e sustentabilidade, estratégicas para o fornecimento sustentável de recursos madeireiros e não madeireiros, plantaram-se cerca de 57 hectares de floresta de produção nas áreas privadas e 31 hectares nas áreas públicas, maioritariamente com espécies resinosas.

As áreas públicas, designadas como Perímetro Florestal e Matas Regionais, são geridas pela Direção Regional dos Recursos Florestais e Ordenamento Territorial em conjunto com os Serviços Florestais de ilha, cuja missão é garantir o aproveitamento responsável dos recursos naturais, quer ao nível do ordenamento do território, por se tratar do uso de solo que mais garante a resiliência do território, mas também pelos serviços ecossistémicos que fornece e que são fundamentais ao bem-estar e à qualidade de vida.

“A gestão florestal sustentável é uma prática cada vez mais adotada nessas áreas, visando garantir a renovação dos recursos florestais e a minimização do impacto ambiental. A certificação da gestão florestal desempenha um papel importante ao garantir que os produtos provenientes dessas florestas atendam a padrões rigorosos de sustentabilidade”, frisa António Ventura.

Por sua vez, no que diz respeito às florestas de proteção, que desempenham um papel crucial na conservação dos recursos hídricos, na regulação do clima e na prevenção de desastres naturais, como os deslizamentos de terras ou vendavais, foram plantados cerca de 44 hectares em áreas privadas e 20 hectares em áreas públicas, principalmente com espécies endémicas, autóctones e folhosas.

O responsável pela pasta das florestas relembrou que este tipo de florestação “protege nascentes, controla a erosão do solo e garante a estabilidade de encostas”, sendo que “as políticas de proteção e fiscalização dos recursos florestais são implementadas para preservar esses importantes ecossistemas, combatendo a desflorestação e promovendo a recuperação de áreas degradadas”.

“Estas plantas foram produzidas nos viveiros dos Serviços Florestais, em virtude do investimento que tem sido realizado nos últimos anos para se aumentar a produção de espécies como o Louro (Laurus azorica), o Pau branco (Picconia azorica), o Cedro do mato (Juniperus brevifolia), o Azevinho (Ilex azorica), a Faia da terra (Morella faia), a Uva da serra (Vaccinium cylindraceum), a Ginga do mato (Prunus azorica), a Urze (Erica azorica), o Sanguinho (Frangula azorica) e o Folhado (Viburnum treleasei)”, referiu.

António Ventura acrescentoa que estas plantas “têm sido utilizadas por proprietários privados para a rearborização das suas áreas, bem como para a reconversão de áreas do perímetro florestal junto a linhas de água, nascentes, áreas declivosas, ou outras áreas sensíveis”.

“As florestas de produção e proteção desempenham papéis complementares e fundamentais na busca pela sustentabilidade. Proteger e gerir essas áreas de forma responsável é essencial para garantir um futuro próspero para as gerações presentes e futuras”, sublinha.

O Secretário Regional disse ainda que com o encerramento da época de plantação, o trabalho que se segue “é monitorizar o crescimento das plantas e implementar medidas de gestão para garantir o sucesso das florestas, nomeadamente executar as limpezas necessárias para se combater as espécies invasoras de rápido crescimento, que pela sua sombra causam muita mortalidade nas jovens plantações”.

“Para se garantir o sucesso da época de plantação que agora terminou será necessário novo investimento em limpezas, a realizar na próxima época estival ou início do outono, consoante as condições do terreno e das plantas”, concluiu.

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