O Secretário Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural anunciou hoje, na Praia da Vitória, que em 2022 se voltou a atingir um novo recorde no abate regional, num total de 84.541 bovinos, “o maior abate de sempre verificado nos Açores”, o que representa um aumento de 5,6% relativamente a 2021, ano em que o abate de 80 mil animais também tinha sido número recorde.
António Ventura falava numa visita ao Matadouro da Ilha Terceira, onde evidenciou igualmente que o consumo local de carne de bovino nos Açores no ano transato aumentou 9,2% relativamente a 2021.
O governante considera que este aumento no número de abates representa “vantagens e mais-valias no que diz respeito ao emprego local, ao rendimento dos produtores e também ao rendimento da própria Região Autónoma dos Açores”.
Relativamente ao consumo local, António Ventura aponta que o aumento do turismo registado na região tenha contribuído para o aumento registado.
O Secretário Regional reconheceu a relevância do trabalho levado a cabo pelo Centro de Estratégia para a Carne dos Açores (CERCA) na promoção da carne, através de ‘workshops’, jornadas e palestras na Região, assim como da Federação Agrícola dos Açores, “o que tem levado a que a nossa carne seja procurada”.
O responsável pela pasta da Agricultura do Governo Regional reforçou que, mais um ano, a região foi certificada pelas normas internacionais para a segurança alimentar.
“Para 2023, todos os animais que são abatidos nos matadouros da região, resultando no produto final, que é a carne, estão certificados para a segurança alimentar”, frisou.
O governante referiu ainda que se iniciou o ano passado a certificação para o bem-estar animal dos Matadouros da ilha Terceira e de São Miguel, sendo intenção do Executivo avançar este ano para a certificação de mais cinco matadouros dos Açores.
António Ventura aproveitou a ocasião para apelar à iniciativa privada ao investimento nas áreas da transformação e da maturação da carne, considerando ser este “um novo potencial”.
Nesse sentido, recordou que estão abertas as candidaturas, até 28 de fevereiro, de uma medida, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que apoia entre 50% a 75% as iniciativas privadas no âmbito da transição energética, da transição verde e da inovação, com um montante 8,5 milhões de euros.