O Secretário Regional da Agricultura e Alimentação, António Ventura, sublinhou hoje que a produção agrícola expedida, transformada ou por transformar, ascendeu a mais de 458 milhões de euros em 2023, “o maior valor dos últimos dez anos”.
“Estamos, assim, gradualmente a aumentar a nossa riqueza alimentar para a procura interna e para expedição. O que significa maior segurança nas disponibilidades alimentares e maior sustentabilidade para as gerações vindouras”, destacou.
O governante falava na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na Horta, na apresentação das prioridades da sua tutela para 2025.
“Estamos a produzir mais alimentos para o consumo interno, para quem nos visita, para a pecuária e para expedição. Produzimos mais na horticultura, na fruticultura, na agricultura biológica, na carne de bovino, temos mais área de milho, produzimos mais alimentos DOP e IGP, temos mais diversificação agroprodutiva, temos a matéria-prima leite com um melhor conteúdo nutricional e vendemos mais para fora da Região. Um sucesso”, destacou.
Para o Secretário Regional, “é preciso ter a consciência de que uma Região só é verdadeiramente segura na sua riqueza se produzir alimentos”.
E prosseguiu: ”sim, somos, cada vez mais, uma Região agrícola. O que assume uma grande vantagem no turbulento mundo atual”.
Lembrando o trabalho em parceria com a Federação Agrícola dos Açores e elogiando todos os trabalhadores deste setor, António Ventura recordou algumas políticas públicas de incentivo e reequilíbrio que deram bons resultados.
O governante deu como exemplos “o fim dos rateios nos apoios comunitários, o apoio à compra de sementes de milho em 80%, o apoio nos custos da certificação biológica em 70%, o apoio à instalação de pastagens biodiversas em 50%, o apoio em 50% na aquisição de equipamentos e máquinas de trabalho, o apoio em 80% em investimentos até 32 500 euros, o apoio à redução da produção de leite e a reconversão agrobovina”, entre outros.
“Mas também, criamos mais sete Perímetros de Ordenamento Agrário, passando a abranger todas as ilhas e certificamos seis matadouros no âmbito do bem-estar animal. Somos uma referência internacional. Tínhamos e temos razão nas medidas construídas. Neste sentido, centraremos a política pública no desígnio da produção agroalimentar local, privilegiando as cadeias curtas de distribuição e por isso o Plano e Orçamento para 2025 tem um crescimento de 13,4% relativamente a 2024. Ou seja, um esforço regional de 9,2 milhões de euros. Asseguramos em 2025, o compromisso de pagar as ajudas comunitárias sem cortes, por isso o POSEI cresce 19%. Ajuda anunciada é igual a ajuda paga”, acrescentou também.
O Observatório Agroalimentar, anunciou, estará a funcionar em 2025, e nas acessibilidades agrícolas, “vias de crescente multiutilização turística e de lazer das comunidades locais”, serão investidos mais de 30 milhões de euros.
“As medidas florestais têm um incremento de 57%, o bem-estar animal engrandece 15% e a medida específica sobre as pragas agrícolas, sobe 150%, principalmente para se iniciar as operações de desratização. Seguiremos com a execução dos Planos Estratégicos para a bovinicultura de leite e de carne, vitivinicultura, horticultura, floricultura, fruticultura, apicultura e agricultura biológica. Prosseguiremos com as medidas na agricultura de precisão, na agricultura circular, na agricultura de carbono, na biotecnologia e sensibilizaremos para o desperdício zero alimentar”, sublinhou.
E concluiu: “Este Plano e Orçamento para 2025 assume o compromisso de progressivamente, sermos açorianos com mais autonomia, através da criação de riqueza pela produção agroalimentar regional”.